INTOLERÂNCIA A LACTOSE é a incapacidade de digerir a lactose (açúcar do leite), resultado da deficiência ou ausência da enzima intestinal chamada Lactase. Esta enzima possibilita decompor o açúcar do leite em carboidratos mais simples, para a sua melhor absorção. Este problema ocorre em cerca de 25% dos brasileiros.
Há três tipos de intolerância à lactose, que são decorrentes de diferentes processos. São eles:1) deficiência congênita da enzima;
2) diminuição enzimática secundária a doenças intestinais;
3) deficiência primária ou ontogenética.
O primeiro tipo é um defeito genético muito raro, no qual a criança nasce sem a capacidade de produzir lactase. Como o leite materno possui lactose, a criança é acometida logo após o nascimento.
O segundo tipo é bastante comum em crianças no primeiro ano de vida e ocorre devido à diarréia persistente, pois há morte das células da mucosa intestinal (produtoras de lactase). Assim, o indivíduo fica com deficiência temporária de lactase até que estas células sejam repostas.
Estatisticamente, o terceiro tipo é o mais comum na população. Com o avançar da idade, existe a tendência natural à diminuição da produção da lactase. A intolerância genética é maior em determinadas raças de seres humanos.
Assim, são intolerantes genéticos à lactose cerca de 90% dos asiáticos (chineses, japoneses, filipinos, coreanos etc.), 75% dos negros, árabes, judeus, gregos cipriotas, esquimós, índiose cerca de 15 % dos europeus. A intolerância genética, entretanto, só aparece após alguns anos de vida, dois a três anos por exemplo, apesar de haver raras exceções. Crianças de qualquer raça com menos de um ano, normalmente, são tolerantes à lactose. A intolerância aparece depois.
Causas e sintomas
Devido a essa deficiência, a lactose não digerida continua dentro do intestino e chega ao intestino grosso, onde é fermentada por bactérias, produzindo ácido láctico e gases (gás carbônico e o hidrogênio, que é usado nos testes de determinação de intolerância à lactose).
A presença de lactose e destes compostos nas fezes no intestino grosso aumenta a pressão osmótica (retenção de água no intestino), causando diarréia ácida e gasosa, flatulência excessiva (excesso de gases), cólicas e aumento do volume abdominal.
Os sintomas mais comuns são náusea, dores abdominais, diarréia ácida e abundante, gases e desconforto. A severidade dos sintomas depende da quantidade ingerida e da quantidade de lactose que cada pessoa pode tolerar. Em muitos casos pode ocorrer somente dor e/ou distensão abdominal, sem diarréia.
Os sintomas podem levar de alguns minutos até muitas horas para aparecer. A peristalse, ou seja o movimento muscular que empurra o alimento ao longo do estômago pode influenciar o tempo para o aparecimento dos sintomas. Apesar de os problemas não serem perigosos, eles podem ser bastante desconfortáveis.
Tratamento
Não há tratamento para aumentar a capacidade de produzir lactase, mas com o avanço da tecnologia nutricional a novidade agora está na técnica de suplementação da enzima digestiva sem a necessidade de se controlar a dieta. A solução é o uso de produtos avançados, como por exemplo cápsulas manipuladas de Lactase, que suplementam a deficiência da enzima lactase do organismo. Podemos dizer que a lactase é a melhor alternativa para um bom grupo de pacientes com intolerância a lactose. Qualquer pessoa, de qualquer idade, que sofra de intolerância à lactose pode se beneficiar com a lactase.
Outra forma de aliviar os sintomas da intolerância é consumir leite com baixa lactose ou que tenha a lactase adicionada ao próprio leite.
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